quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O Paradoxo do Nosso Tempo

George Carlin

Nós bebemos demais, gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais.
Ficamos acordados até muito mais tarde. Acordamos muito cansados. Lemos pouco.
Assistimos TV demais e raramente vamos à igreja.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.

Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fazemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma.
Dominamos o átomo, mas não nosso preconceito.
Escrevemos mais, mas aprendemos menos.
Planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos.
Estamos na era do fast-food e da digestão lenta. Do homem grande de caráter pequeno.
Lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos.
Vários divórcios.
Casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas.
Fraldas e moral descartáveis. Das rapidinhas. Dos cérebros ocos e das pílulas mágicas.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa.
Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que
ama, pois elas não estarão por aqui para sempre .
Lembre-se dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer .
Lembre-se de dizer eu te amo à sua companheira(o) e
às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame, se ame muito. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. Por isso, valorize sua família e as pessoas que estão ao seu lado, sempre.

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