segunda-feira, 16 de agosto de 2010

João Andrade Neto. Quem está por trás dele?

Post de meu amigo Jornalista Bomfim, no blogdobrown

João Andrade Neto (Ag. A Tarde)

A bomba esta semana no meio jornalístico foi a prisão de João Andrade Neto. Um escroque a serviço de um grupo de bandidos organizado, tendo à frente empresários e advogados, é o que garante o serviço de inteligência da Polícia Civil da Bahia. Até o momento a análise policial é a seguinte: o site Pura Política, supostamente de propriedade do João Andrade Neto seria apenas para extorquir empresários e políticos ricos com contas a acertar com o Fisco ou com o Ministério Público. O escroque ia até os telhados de vidro ou mandava um sócio e dava o ultimato: ou colabora $$$$ com o site (e o valor variava de 5 mil reais a 1 milhão de reais) ou o Pura Política lhe entrega às garras da Lei. Em dois anos, extorquiram vários empresários e políticos com a ficha suja, mas exageraram e dois dos extorquidos procuraram a polícia há dois meses. A investigação começou e, tão logo os policiais comprovaram a razão dos queixosos, armaram um cenário hollywoodiano, filmaram o escroque recebendo dinheiro – devidamente marcado pela polícia – e até carregando a grana em um carrinho de malas no aeroporto internacional de Salvador. Pronto, estava dado o flagrante.

O João Andrade Neto não deixa de ser um produto da decisão de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal. Então presidente do STF o Gilmar Mendes entendeu e decidiu que jornalista não precisa de diploma. Ali, ele deu o passaporte para qualquer um sair por aí se dizendo jornalista e praticando o jornalismo. E outros haverão de aparecer, não resta dúvida. O blog anotou aqui, à época, que o erro primordial do todo-poderoso presidente da mais alta corte de Justiça do Brasil era dar sinal verde a quem não quisesse mais batalhar por esse curso numa faculdade e mesmo assim se anunciar profissional da comunicação.

Veja agora os vídeos e outras notícias sobre a sujeira do dono (será o dono mesmo?) do Pura Política (?):

Vídeo: imagens mostram apreensão feita no escritório do blogueiro João Andrade Neto 

Flagrante da prisão de João Andrade Neto

João Andrade Neto já respondia a 13 processos

O bandido que montou o "Pura Extorsão"

Colegas?

Tristemente famoso, João Andrade Neto é estrela no You Tube

Continua...

terça-feira, 17 de março de 2009

Boletim

Continua...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

FISK: "Então também somos criminosos, cúmplices da selvageria que desabou sobre Gaza"


"Por que nos odeiam tanto?!"
Que, pelo menos, ninguém minta que não sabe por quê.

Assim, mais uma vez, Israel abriu as portas do inferno sobre os palestinenses. 40 refugiados civis mortos numa escola da ONU, mais três noutra. Nada mau, para uma noite de trabalho do exército que acredita na "pureza das armas". Não pode ser surpresa para ninguém.

Esquecemos os 17.500 mortos – quase todos civis, a maioria mulheres e crianças – de quando Israel invadiu o Líbano, em 1982? E os 1.700 civis palestinos mortos no massacre de Sabra-Chatila? E o massacre, em 1996, em Qana, de 106 refugiados libaneses civis, mais da metade dos quais crianças, numa base da ONU? E o massacre dos refugiados de Marwahin, que receberam ordens de Israel para sair de suas casas, em 2006, e foram assassinados na rua pela tripulação de um helicóptero israelense? E os 1.000 mortos no mesmo bombardeio de 2006, na mesma invasão do Líbano, praticamente todos civis?

O que surpreende é que tantos líderes ocidentais, tantos presidentes e primeiros-ministros e, temo, tantos editores e jornalistas tenham acreditado na mesma velha mentira: que os israelenses algum dia tenham-se preocupado com poupar civis. "Israel toma todo o cuidado possível para evitar atingir civis", disse mais um embaixador de Israel, apenas horas antes do massacre de Gaza.

Todos os presidentes e primeiros-ministros que repetiram a mesma mentira, como pretexto para não impor o cessar-fogo, têm as mãos sujas do sangue da carnificina de ontem. Se George Bush tivesse tido coragem para exigir imediato cessar-fogo 48 horas antes, todos aqueles 40 civis, velhos, mulheres e crianças, estariam vivos.

O que aconteceu não foi apenas vergonhoso. O que aconteceu foi uma desgraça. "Atrocidade" é pouco, para descrever o que aconteceu. Falaríamos de "atrocidade" se o que Israel fez aos palestinenses tivesse sido feito pelo Hamás. Israel fez muito pior. Temos de falar de "crime de guerra", de matança, de assassinato em massa.

Depois de cobrir tantos assassinatos em massa, pelos exércitos do Oriente Médio – por sírios, iraqueanos, iranianos e israelenses – seria de supor que eu já estivesse calejado, que reagisse com cinismo. Mas Israel diz que está lutando em nosso nome, contra "o terror internacional". Israel diz que está lutando em Gaza por nós, pelos ideais ocidentais, pela nossa segurança, pelos nossos padrões ocidentais.

Então também somos criminosos, cúmplices da selvageria que desabou sobre Gaza.

Reportei as desculpas que o exército de Israel tem oferecido ao mundo, já várias vezes, depois de cada chacina. Dado que provavelmente serão requentadas nas próximas horas, adianto algumas delas: que os palestinenses mataram refugiados palestinenses; que os palestinenses desenterram cadáveres para pô-los nas ruínas e serem fotografados; que a culpa é dos palestinenses, por terem apoiado um grupo terrorista; ou porque os palestinenses usam refugiados inocentes como escudos humanos.

O massacre de Sabra e Chatila foi cometido pela Falange Libanesa aliada à direita israelense; os soldados israelenses assistiram a tudo por 48 horas, sem nada fazer para deter o morticínio; são conclusões de uma comissão de inquérito de Israel. Quando o exército de Israel foi responsabilizado, o governo de Menachem Begin acusou o mundo de preconceito contra Israel. Depois que o exército de Israel atacou com mísseis a base da ONU em Qana, em 1996, os israelenses disseram que a base servia de esconderijo para o Hizbóllah. Mentira.

Os mais de 1.000 mortos de 2006 – uma guerra deflagrada porque o Hizbóllah capturou dois soldados israelenses na fronteira – não foram crimes do Hizbóllah; foram crimes de Israel.

Israel insinuou que os corpos das crianças assassinadas num segundo massacre em Qana teriam sido desenterrados e expostos para fotografias. Mentira.

Sobre o massacre de Marwahin, nenhuma explicação. As pessoas receberam ordens, de um grupo de soldados israelenses, para evacuar as casas. Obedeceram. Em seguida, foram assassinadas por matadores israelenses. Os refugiados reuniram os filhos e puseram-se à volta dos caminhões nos quais viajavam, para que os pilotos dos helicópteros vissem quem eram, que estavam desarmados. O helicóptero varreu-os a tiros, de curta distância. Houve dois sobreviventes, que se salvaram porque fingiram estar mortos. Israel não tentou nenhuma explicação.

12 anos depois, outro helicóptero israelense atacou uma ambulância que conduzia civis de uma vila próxima – outra vez, soldados israelenses ordenaram que saíssem da ambulância – e assassinaram três crianças e duas mulheres. Israel alegou que a ambulância conduzia um ferido do Hizbóllah. Mentira.

Cobri, como jornalista, todas essas atrocidades, investiguei-as uma a uma, entrevistei sobreviventes. Muitos jornalistas sabem o que eu sei. Nosso destino foi, é claro, o mais grave dos estigmas: fomos acusados de anti-semitismo.

Por tudo isso, escrevo aqui, sem medo de errar: agora recomeçarão as mais escandalosas mentiras. Primeiro, virá a mentira do "culpem o Hamás" – como se o Hamás já não fosse culpado dos próprios crimes! Depois, talvez requentem a mentira dos cadáveres desenterrados para fotografias. E com certeza haverá a mentira do "homem do Hamás na escola da ONU". E com absoluta certeza virá também a mentira do anti-semitismo. Os líderes ocidentais cacarejarão, lembrando ao mundo que o Hamás rompeu o cessar-fogo. É mentira.

O cessar-fogo foi rompido por Israel, primeiro dia 4/11; quando bombardeou e matou seis palestinenses em Gaza e, depois, outra vez, dia 17/11, quando outra vez bombardeou e matou mais quatro palestinenses.

Sim, os israelenses merecem segurança. 20 israelenses mortos nos arredores de Gaza é número escandaloso. Mas 600 palestinenses mortos em uma semana, além dos milhares assassinados desde 1948 – quando a chacina de Deir Yassin ajudou a mandar para o espaço os habitantes autóctones dessa parte do mundo que viria a chamar-se Israel – é outro assunto e é outra escala.

Dessa vez, temos de pensar não nos banhos de sangue normais no Oriente Médio. Dessa vez é preciso pensar em massacres na escala das guerras dos Bálcãs, dos anos 90. Ah, sim.

Quando os árabes enlouquecerem de fúria e virmos crescer seu ódio incendiário, cego, contra o Ocidente, sempre poderemos dizer que "não é conosco". Sempre haverá quem pergunte "Por que nos odeiam tanto?" Que, pelo menos, ninguém minta que não sabe por quê.

Robert Fisk - 7/1/2009

The Independent, 7/1/2009

http://www.independent.co.uk/opinion/commentators/fisk/robert-fisk-why-do-they-hate-the-west-so-much-we-will-ask-1230046.html


Continua...

Novidade

É fácil criar coisas novas, mudar de locais ou fazer coisas diferentes.

Manter o senso de novidade que gere entusiasmo é mais difícil. O segredo da novidade na vida não é fazer coisas novas constantemente, mas ver tudo que você faz com novos olhos, novos "insigths" e nova perspectiva.

Enrique Simó

Continua...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Tragédia: Teto da igreja Renascer em Cristo (Lins) desaba em São Paulo



Suite

Continua...

Ajude quem está precisando!