quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Infestação do Aedes já é preocupação nacional

Alana Fraga e George Brito

No momento em que a dengue volta a ser preocupação nacional, sobretudo no Rio de Janeiro, novos números da doença na Bahia mostram que ela avança com maior perigo no Estado. Embora os registros da dengue clássica tenham diminuído nos últimos seis meses (de 14 mil, em abril, para 273 em outubro), casos graves da doença aumentaram quase 600% no mesmo período, saindo de 34 para 198 registros.

Os dados são do último boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), de 3 de novembro de 2008. Eles mostram também que 46 municípios baianos encontram-se em situação de alto risco de epidemia, com índice de infestação predial acima de 3,9%, limite estabelecido pelo Ministério da Saúde. Em junho, 32 cidades apresentavam esse quadro.

O avanço da doença no Estado é igualmente notório em comparação ao ano passado. Até outubro, foram 618 casos suspeitos das formas graves da doença: dengue com complicações, febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue. O número representa um acréscimo de 472% em relação ao mesmo período de 2007. Foram registrados 12 óbitos confirmados no Estado, sendo um em Salvador. É o maior número de mortes causadas pela doença em 18 anos, desde 1990, com base em dados do Ministério da Saúde.

Segundo o boletim, a principal causa da infestação nos 46 municípios é representada pelos reservatórios utilizados para armazenamento de água ao nível do solo. Sobre este problema, o documento alerta para a elevação do “risco de epidemias para 2009”. Conforme o histórico de registros, o pico da dengue acontece entre os meses de janeiro a abril. No último mês, foram mais 304 novos casos da doença. Até agora, 12 óbitos foram confirmados no Estado, sendo um em Salvador. É o maior número de mortes causadas pela doença em 18 anos, desde 1990, com base em dados do Ministério da Saúde.

Com a proximidade do verão, o número de casos novos pode aumentar. Isso porque nos meses (outubro e novembro) que o antecedem ocorre maior acúmulo de água e chuva, o que gera ambiente propício ao depósito de larvas pelo mosquito.

Pessoas – Quando chega o verão, o aumento da temperatura acelera o desenvolvimento das larvas e, por conseqüência, o aumento no número de mosquitos pela cidade. Some-se a isso o incremento no fluxo de pessoas, em cidades turísticas, como Salvador. Neste período, com uma maior freqüência de festas, gera-se uma quantidade maior de material descartável nas ruas, como copos, latas e garrafas, lugares favoráveis para acúmulo de água, onde o mosquito pode depositar os ovos e desenvolver criadouros de larvas. Está fechado assim o ciclo que eleva o risco de contaminação.

Não à toa, janeiro e fevereiro, meses de pico do verão, estão compreendidos dentro do período sazonal com maior número de casos da doença, que vai de janeiro a abril. Além de nos dois meses ser verificado um incremento das notificações, nos dois meses posteriores (março e abril) o aumento é ainda mais significativo.

É um reflexo do desenvolvimento dos mosquitos durante o verão. Neste ano, entre janeiro e abril, foram registrados 24.877 casos na Bahia, o que representa 72% do total. Por isso, antes da chegada do verão, a população deve redobrar os cuidados, alertam os especialistas.

Fonte: A Tarde Online

Um comentário:

Alvaro Figueiredo disse...

meta bronca, menina, e saiba q sua caravana seguirá, mesmo q os cães não ladrem
bj da lata

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