quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vácuo

Por Juliana Geambastiani

Como eu queria ser alguém diferente.
Como eu queria, às vezes, não ser ninguém.
Essa solidão que insiste em me perseguir, mesmo quando há tanta gente ao meu redor, cria em mim um buraco negro, incapaz de ser preenchido.
Opaco. Sem significado algum.
Como se no meio do oceano um buraco se formasse, apenas concentrando água, nada além de água. Ainda sem significado algum.
Apenas uma fenda, uma abertura, uma opção. Opção para aquilo não é designado. Aquilo que precisa ser encontrado.
O quê?
Não sei.
Vou levando.
Tentando encher o vácuo.


Foto: google.com

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